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E todo esse caminho eu sei de cor: Mais do mesmo em Morro do Chapéu
E todo esse caminho eu sei de cor: Mais do mesmo em Morro do Chapéu
E TODO ESSE CAMINHO EU SEI DE COR
Mais do mesmo em Morro do Chapéu
A música “Eu sei de cor”, da compositora e cantora Marília Mendonça, traça um caminho de um comportamento esperado por mulheres quando tem o relacionamento pelo seu parceiro.
Ao observar a política morrense já sabemos de cor. É como no roteiro versado e cantado pela Marília. Primeiro vença as eleições em um grupo político. Logo após a posse, rompa com o grupo. Critique durante os quatro anos de gestão. Concorra as eleições. Se vencer, repita o que todos fizeram antes.
É costumeiro na política nacional, e não é diferente em Morro do Chapéu, prefeitos passarem a parte inicial da gestão sem entregar nada do prometido a população. E quando chegar próximo as eleições iniciarem obras, grandes escavações nas ruas várias placas com aquelas frases que eles acham que os eleitores gostam de ler: “desculpe o transtorno, estamos em obra” ou algo do tipo.
Sim, obras geram transtornos e a população sabe disso. Mas na pressa para mostrar o trabalho que deveria ser feito ao longo dos quatro anos de gestão, não há qualquer planejamento ou preocupação para diminuir os prejuízos aos comerciantes, os empecilhos para a população que precisa passar a pé ou de carro pelas ruas esburacadas. A obra que está sendo realizadas na avenida da Joel Modesto, que até hoje a população não sabe o que será realizada, de fato, pois não há placa informativa sobre o projeto, custo da obra e profissionais responsáveis, é um exemplo clássico.
No roteiro, não poderia faltar a política do pão e circo, conhecida como o ato de gestores, desde à época do império romano, promoverem grandes festas e distribuição de alimentos e bebidas para distrair o povo e aliená-los dos problemas sociais não enfrentados pelos gestores.
A prefeita Juliana Araújo seguiu o roteiro até aqui. Rompeu com o ex-gestor, Leo Dourado, do qual foi vice-prefeita. Se elegeu após quatro anos pongando na administração. Venceu as eleições. Passou sua gestão promovendo festas e, agora, no ano eleitoral, corre com obras sem qualquer transparência e preocupação em minimizar os danos ao comércio local e aos transeuntes.
Morro do Chapéu perdeu uma grande janela de oportunidade, deixando de aproveitar o aumento da arrecadação para solucionar, como a falta de atendimento médico adequado, alto índice de desemprego e a explosão dos casos de dengue que assolam o município.
Diferente do que propaga em sites estaduais ligados ao seu grupo político, Juliana Araújo conta com baixo apoio da população morrense. Os episódios nas festas realizados na tentativa de aumentar sua aprovação, Juliana protagonizou tentativas frustradas de interagir, como ocorreu no festival de inverno de 2022, e, mais recentemente, na confusão na Festa Agropecuária no último final de semana (26 a 28/04), que culminou na agressão e prisão de um servidor público acusado de jogar cerveja na Prefeita. Os vídeos que circulam em grupos de whatsapp dos foliões vaiando e gritando “fora Juliana”, dão uma pequena mostra de que o cenário eleitoral de Morro do Chapéu não é tão bom para a Prefeita como ela alardeia fora dos limites do município.
Resta saber se o marketing que a gestora vem fazendo para pegar carona nos investimentos privados, como é o caso das vinícolas, e das obras do Governo Estadual, como é o caso da Escola de Tempo Integral, será suficiente. A hora do acerto de contas está chegando, outubro já aparece no horizonte.
Uma coisa é certa, como compôs Marília Mendonça, esse caminho já sabemos de cor. Se não me engano, daqui a pouco uma pesquisa eleitoral, sob encomenda, apontará boa aprovação e reeleição da prefeita. Resta-nos perguntar, parafraseando o craque Garrincha, será que ela combinou com os eleitores?
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