Bahia tem mais de 20 cidades com maioria dos professores sem formação superior.

Os dados divulgados pelo Censo Escolar 2024 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizado pelo Ministério da Educação (Mec), em 10 de fevereiro, registram que pelo menos 22 municípios do interior baiano têm a maioria dos professores da educação atuando sem diploma de bacharelado ou licenciatura.
Embora isso seja um choque, visto que o exercício da docência sem capacitação é ilegal, é preciso destacar que a formação desses profissionais não é inexistente: muitos ocupam cargos com base em cursos profissionais voltados para o Magistério. Ou seja, além do diploma do Ensino Médio, realizaram pequenos cursos de pedagogia para lecionar nas salas de aula.
Dos municípios que compõem o Território de Identidade de Irecê, popularmente conhecido como Região de Irecê — constam na lista Xique-Xique, Ipupiara e Lapão.
Ao todo, 22 municípios têm a maioria dos professores — ou seja, mais de 50% — sem diploma de bacharelado ou licenciatura em qualquer área de formação. Em ordem:
Jitaúna — 67,1%
📍Xique-Xique — 62,9%
Cansanção — 60,6%
Dário Meira — 60,5%
Casa Nova — 59,8%
Aramari — 57,6%
Banzaê — 56,4%
Nova Redenção — 56,2%
Heliópolis — 55,2%
📍Ipupiara — 54,8%
Fátima — 54,7%
Caturama — 53,7%
Ibicuí — 53,7%
📍 Lapão — 53,7%
Elísio Medrado — 53,6%
Irajuba — 52,6%
Potiraguá — 52%
Maraú — 51,3%
Rio de Pires — 50,7%
Nilo Peçanha — 50,6%
Cícero Dantas — 50,5%
Barra da Rocha — 50,1%
O levantamento do Inep também revela uma disparidade entre as áreas urbanas e rurais do estado. Proporcionalmente, a falta de diploma de ensino superior é mais expressiva nas zonas rurais, onde 29,2% dos professores não possuem essa formação, em comparação com 16,3% dos professores atuantes em áreas urbanas.
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