Pessoas em Tel Aviv comemorando a liberação das três reféns do Hamas
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O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quarta-feira (29) que três homens mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista Hamas serão libertados no sábado, em mais uma rodada de troca de reféns no âmbito do acordo de cessar-fogo em vigor em Gaza.
"Segundo o acordo, a próxima fase, na qual se espera libertar outros três reféns (homens vivos), ocorrerá no sábado. As famílias serão informadas na sexta-feira dos nomes dos que serão libertados", declarou o gabinete do premiê em comunicado.
O gabinete de Netanyahu informou ainda que o premiê recebeu uma lista dos reféns que serão libertados na quinta-feira, em uma rodada extra acordada em negociações no último domingo (26). Não foram fornecidos mais detalhes, porém se espera que sejam a civil Arbel Yehud, a soldada Agam Berger e Gadi Mozes, três israelenses. Segundo a imprensa israelense, outros cinco reféns, de nacionalidade tailandesa, também podem ser libertados.
As famílias de Yehud, Berger e Mozes foram avisadas, ainda segundo a imprensa israelense.
Arbel Yehud, Agam Berger e Gadi Mozes, da esquerda para direita, reféns israelenses em poder do grupo terrorista Hamas que devem ser soltos em 30 de janeiro de 2025.
Movimento 'Bring Them Home Now' via Reuters
Etapas do acordo de cessar-fogo
No dia 19 de janeiro, Israel e Hamas chegaram a um acordo que pode colocar um fim definitivo na guerra após mais de seis meses de negociações. As conversas foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito.
Após uma semana em vigência, o acordo já permitiu que reféns tomados pelo Hamas voltassem para Israel. Agora, com a liberação de Israel nas vias do norte de Gaza, as famílias deslocadas pelo conflito poderão retornar a seus locais de origem, mas sem portar armas.
A partir daí, tropas israelenses se retirarão do corredor Netzarim, a via principal de Gaza. A travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, voltará gradualmente a operar, permitindo a passagem de pessoas doentes para tratamento fora do enclave.
Será permitido o aumento da entrada de ajuda humanitária a Gaza. A expectativa é que 600 caminhões possam entrar por dia, o triplo do máximo atingido durante o conflito.
Nas semanas seguintes, devem ocorrer liberações periódicas pelos dois lados, até um total de 33 reféns israelenses — vivos ou mortos — e quase 2 mil palestinos (1.167 detidos em Gaza desde o início da guerra e 737 remanescentes detidos antes de 8 de outubro de 2023).
Na segunda etapa do acordo, que prevê a liberação de mais reféns e a retirada das tropas de Israel em Gaza.
Já a terceira e última fase do acordo prevê o estabelecimento de negociações sobre a reconstrução de Gaza, que poderia levar anos. Há, porém, um debate sobre quem governaria a região: Israel não aceita que seja o Hamas, que hoje controla o enclave. Devolução de todos os demais corpos de reféns.